segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

WWW.EDUCACAOPARATODOS.ORG

Caros visitantes,

Muito em breve o website da Campanha Global pela Educação (CGE) - www.educacaoparatodos.org - estará novamente disponível com toda a informação actualizada sobre a Campanha.

Visite o nosso novo website a partir de Janeiro de 2010 para ver as actividades previstas para 2010 e consultar os nossos recursos para a Semana de Acção 2010.

Um excelente final de 2009. Até para o ano!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CGE e Pobreza Zero juntas contra a Pobreza!

Aproxima-se o dia internacional para a erradicação da pobreza, 17 de Outubro, e a CGE une a sua voz à Campanha Pobreza Zero. Voltamos a lançar o desafio à comunidade educativa de participarem no “Levanta-te Contra a Pobreza”, organizando uma acção simbólica no dia 16 de Outubro e a leitura do Manifesto.

Visitem http://www.levanta-te.org/2009/ para mais informação e participem!

Enviem-nos as vossas fotografias e detalhes sobre a vossa acção para info@educacaoparatodos.org para divulgarmos no nosso website e blogue www.maiseducacaomenospobreza.blogspot.com

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Parceria "Escolas para África" com novo fôlego

(Comunicado de imprensa da UNICEF, 15 de Setembro 2009)

"A Educação para milhões de crianças em África recebeu um grande impulso hoje quando a UNICEF, a Fundação Nelson Mandela (NMF) e a Hamburg Society anunciaram ter angariado mais de 50 milhões de dólares norte-americanos para a sua campanha Escolas para África, superando o montante inicialmente esperado.

A UNICEF e seus parceiros assinaram um Memorando de Entendimento (MOU) em Nova Iorque, para expandir o seu apoio a fim de ajudar mais crianças a terem acesso a educação de qualidade.

A parceria foi iniciada em 2004, com vista a angariar fundos para ajudar mais de quatro milhões de crianças em Angola, Malaui, Moçambique, Ruanda, África do Sul e Zimbabué. A iniciativa visava proporcionar um ambiente de aprendizagem mais seguro, protector e acessível às crianças e alcançou o objectivo de angariar 50 milhões de dólares, um ano antes do previsto. Até à data, o programa arrecadou 71 milhões de dólares.

A Fase II de Angariação de Fundos para Escolas para África vai decorrer entre 2010 e 2013, e irá apoiar também a Etiópia, Madagáscar, Mali, Níger e Burkina Faso, um total de 11 países englobando não só a África Oriental e Austral, mas também a região da África Ocidental e Central.

A Campanha Escolas para África atribui o seu sucesso em matéria de angariação de fundos aos esforços de 26 Comités Nacionais para a UNICEF no mundo.

“A Educação é um direito humano. As crianças têm direito a uma educação básica de qualidade que é essencial para o desenvolvimento humano e uma componente decisiva para atingir todos os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM),” afirmou o Director de Programas da UNICEF, Dr. Nicholas Alipui. “Ao enfrentar aos desafios da educação dando particular atenção às questões do acesso, qualidade e equidade, os países africanos passarão a estar melhor posicionados para beneficiar do crescimento económico, do desenvolvimento industrial e das oportunidades de investimento.”

A campanha representa também uma maneira de promover a adopção generalizada da abordagem abrangente da UNICEF que caracteriza o programa Escolas Amigas das Crianças (Child Friendly Schools - CFS) para assegurar uma educação de qualidade para todas as crianças. Mais de 3.6 milhões de crianças beneficiam actualmente das intervenções no âmbito das Escolas Amigas das Crianças, apoiadas pela campanha Escolas para África. Esta nova fase pretende ajudar mais crianças.

Segundo Achmat Dangor, Director Executivo da Fundação Nelson Mandela, a expansão da iniciativa “irá garantir que o desejo do Sr. Mandela, de que a educação seja acessível a todos, continue a ser realizado.”

Os fundos serão utilizados para fornecer manuais escolares, cadeiras, carteiras e mesas, água potável, rastreios de saúde, refeições escolares, imunização, bem como para reabilitar ou construir novas salas de aula e instalações sanitárias diferenciadas para raparigas e rapazes. Serão também prestados cuidados especiais e apoio a crianças órfãs e vulneráveis, e reforçados os vínculos entre a escola e a comunidade através de conselhos de estudantes e associações de pais e professores. As crianças beneficiarão de melhores processos de ensino e aprendizagem com professores devidamente formados e membros da comunidade, que trabalharão em conjunto para tornar as escolas verdadeiramente amigas das crianças.

Apesar dos esforços para promover o acesso à educação de qualidade, muitos países africanos continuam a debater-se com os desafios da prestação de uma educação de qualidade que seja inclusiva. Países que se defrontam com disparidades entre os meios rural e urbano, os efeitos conjugados da pobreza, alterações climáticas, impacte do VIH e da SIDA, elevadas taxas de abandono escolar, arreigadas desigualdades socioculturais, o impacte dos conflitos civis, e a ausência de infra-estruturas básicas, incluindo a falta de água e de saneamento.

Em 2006, cerca de 101 milhões de crianças, das quais mais de metade eram raparigas, não frequentavam a escola primária, segundo dados de A Situação Mundial da Infância 2009, o relatório anual da UNICEF. Quase metade dessas crianças vive na África subsariana. Se as actuais taxas se mantiverem, milhões de crianças, especialmente raparigas, crianças portadoras de deficiência, órfãos e outras crianças vulneráveis permanecerão excluídas e continuará a ser-lhes negado o direito fundamental à educação em 2015.

Peter Kramer, iniciador e parceiro da campanha, louvou a Fase II como mais um grande passo que nos aproxima de um mundo melhor.

“Com a expansão da iniciativa Escolas para África, não estamos apenas a celebrar este passo como um grande sucesso, mas também como um compromisso sério para pôr em prática e realizar aquilo que esse grande homem que é Nelson Mandela afirmou: ‘A educação é a chave para um mundo melhor,” declarou Kramer, um doador crucial nesta iniciativa.

A assinatura do Memorando de Entendimento vem reforçar a parceria existente entre a UNICEF, a Fundação Nelson Mandela e a Hamburg Society nos seus esforços em curso a fim de contribuir para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2 e 3, que estabelecem metas específicas para o ensino primário universal, a igualdade de género, e a capacitação das mulheres.

As intervenções programáticas ao nível nacional através do apoio prestado pelos escritórios de pais da UNICEF aos governos vão continuar a ser a base da campanha. Por outro lado, grandes parceiros individuais e do sector privado, como Peter Kramer, Presidente da Hamburg Society e a empresa Gucci, o maior apoiante do sector privado, vão continuar a contribuir para a campanha.".

20 anos sem saber ler nem escrever. Quantos mais?



(Copyright da fotografia: Ami Vitale / Oxfam)


Até aos seus 20 anos, Makata Magalla não sabia ler nem escrever. Makata vive com os seus dois filhos em Zigeri no Burkina Faso, onde frequenta agora aulas de alfabetização para adultos. Quis aprender a ler e escrever por muitas razões, diz, mas a maior recompensa é poder ler sem precisar da ajuda de ninguém.

No dia em que se assinalou o Dia Mundial de Literacia, 8 de Setembro, a Campanha Global pela Educação em Portugal sublinhou o impacto da educação e da alfabetização no aumento dos rendimentos das famílias, na melhoria das condições de higiene e de saúde, no combate à proliferação de doenças como o VIH/SIDA e na redução da mortalidade infantil.

A Campanha Global pela Educação (CGE) relembra que só na África Ocidental cerca de 65 milhões de jovens e adultos – mais de 40% da população – não sabe ler nem escrever. De acordo com estes dados revelados por diversas organizações, no relatório ““From closed books to open doors – West Africa’s literacy challenge” (Dos livros fechados às portas abertas – o desafio da literacia na África Ocidental) , 40 milhões dos não alfabetizados são mulheres – e em países como a Guiné-Bissau ou o Mali apenas menos de 20% das mulheres sabe ler e escrever.

Em todo o mundo, existem ainda 75 milhões de crianças sem acesso ao ensino e um número incalculável de rapazes, raparigas, jovens e pessoas adultas que frequentam a escola ou outros programas educativos mas não atingem um nível suficiente para serem consideradas alfabetizadas.

Por essa razão, a CGE juntou cerca de 7000 portugueses aos 14 milhões de participantes de mais de 100 países que se manifestaram em Abril deste ano na Semana de Acção Global. Uma oportunidade para exigir mais esforço para alcançar a educação primária universal até 2015, conforme foi prometido pelos líderes mundiais nas Cimeiras do Milénio e de Dakar do ano 2000.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Regresso às aulas

O presidente norte-americano, Barack Obama, falou ontem aos alunos da América:
"Sei que para muitos de vocês hoje é o primeiro dia de aulas, e para os que entraram para o jardim infantil, para a escola primária ou secundária, é o primeiro dia numa nova escola, por isso é compreensível que estejam um pouco nervosos. Também deve haver alguns alunos mais velhos, contentes por saberem que já só lhes falta um ano. Mas, estejam em que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de Verão terem acabado e já não poderem ficar até mais tarde na cama.

Também conheço essa sensação. Quando era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extras, segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.

A ideia de me levantar àquela hora não me agradava por aí além. Adormeci muitas vezes sentado à mesa da cozinha. Mas quando eu me queixava a minha mãe respondia-me: "Olha que isto para mim também não é pêra doce, meu malandro..."

Tenho consciência de que alguns de vocês ainda estão a adaptar-se ao regresso às aulas, mas hoje estou aqui porque tenho um assunto importante a discutir convosco. Quero falar convosco da vossa educação e daquilo que se espera de vocês neste novo ano escolar.

Já fiz muitos discursos sobre educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender. Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os directores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os alunos não têm as oportunidades que merecem.

No entanto, a verdade é que nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente, como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.

E hoje é nesse assunto que quero concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria educação.

Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.

Talvez tenham a capacidade de ser bons escritores - suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para jornais -, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo. Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores - quem sabe capazes de criar o próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina -, mas se não fizerem o projecto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser mayors ou senadores, ou juízes do Supremo Tribunal, mas se não participarem nos debates dos clubes da vossa escola podem nunca vir a sabê-lo.

No entanto, escolham o que escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível a não ser que estudem. Querem ser médicos, professores ou polícias? Querem ser enfermeiros, arquitectos, advogados ou militares? Para qualquer dessas carreiras é preciso ter estudos. Não podem deixar a escola e esperar arranjar um bom emprego. Têm de trabalhar, estudar, aprender para isso.

E não é só para as vossas vidas e para o vosso futuro que isto é importante. O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.

Vão precisar dos conhecimentos e das competências que se aprendem e desenvolvem nas ciências e na matemática para curar doenças como o cancro e a sida e para desenvolver novas tecnologias energéticas que protejam o ambiente. Vão precisar da penetração e do sentido crítico que se desenvolvem na história e nas ciências sociais para que deixe de haver pobres e sem-abrigo, para combater o crime e a discriminação e para tornar o nosso país mais justo e mais livre. Vão precisar da criatividade e do engenho que se desenvolvem em todas as disciplinas para criar novas empresas que criem novos empregos e desenvolvam a economia.

Precisamos que todos vocês desenvolvam os vossos talentos, competências e intelectos para ajudarem a resolver os nossos problemas mais difíceis. Se não o fizerem - se abandonarem a escola -, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.

Eu sei que não é fácil ter bons resultados na escola. Tenho consciência de que muitos têm dificuldades na vossa vida que dificultam a tarefa de se concentrarem nos estudos. Percebo isso, e sei do que estou a falar. O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois anos e eu fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldade em pagar as contas e nem sempre nos conseguia dar as coisas que os outros miúdos tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida. Senti-me sozinho e tive a impressão que não me adaptava, e por isso nem sempre conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem ter dado para o torto.

Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos. A minha mulher, a nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida com a minha. Nem o pai nem a mãe dela estudaram e não eram ricos. No entanto, trabalharam muito, e ela própria trabalhou muito para poder frequentar as melhores escolas do nosso país.

Alguns de vocês podem não ter tido estas oportunidades. Talvez não haja nas vossas vidas adultos capazes de vos dar o apoio de que precisam. Quem sabe se não há alguém desempregado e o dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem.

Apesar de tudo isso, as circunstâncias da vossa vida - o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família - não são desculpa para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem.

A vossa vida actual não vai determinar forçosamente aquilo que vão ser no futuro. Ninguém escreve o vosso destino por vocês. Aqui, nos Estados Unidos, somos nós que decidimos o nosso destino. Somos nós que fazemos o nosso futuro.

E é isso que os jovens como vocês fazem todos os dias em todo o país. Jovens como Jazmin Perez, de Roma, no Texas. Quando a Jazmin foi para a escola não falava inglês. Na terra dela não havia praticamente ninguém que tivesse andado na faculdade, e o mesmo acontecia com os pais dela. No entanto, ela estudou muito, teve boas notas, ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade de Brown, e actualmente está a estudar Saúde Pública.

Estou a pensar ainda em Andoni Schultz, de Los Altos, na Califórnia, que aos três anos descobriu que tinha um tumor cerebral. Teve de fazer imensos tratamentos e operações, uma delas que lhe afectou a memória, e por isso teve de estudar muito mais - centenas de horas a mais - que os outros. No entanto, nunca perdeu nenhum ano e agora entrou na faculdade.

E também há o caso da Shantell Steve, da minha cidade, Chicago, no Illinois. Embora tenha saltado de família adoptiva para família adoptiva nos bairros mais degradados, conseguiu arranjar emprego num centro de saúde, organizou um programa para afastar os jovens dos gangues e está prestes a acabar a escola secundária com notas excelentes e a entrar para a faculdade.

A Jazmin, o Andoni e a Shantell não são diferentes de vocês. Enfrentaram dificuldades como as vossas. Mas não desistiram. Decidiram assumir a responsabilidade pelos seus estudos e esforçaram-se por alcançar objectivos. E eu espero que vocês façam o mesmo.

É por isso que hoje me dirijo a cada um de vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar. O vosso objectivo pode ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas ou ler todos os dias algumas páginas de um livro. Também podem decidir participar numa actividade extracurricular, ou fazer trabalho voluntário na vossa comunidade. Talvez decidam defender miúdos que são vítimas de discriminação, por serem quem são ou pelo seu aspecto, por acreditarem, como eu acredito, que todas as crianças merecem um ambiente seguro em que possam estudar. Ou pode ser que decidam cuidar de vocês mesmos para aprenderem melhor. E é nesse sentido que espero que lavem muitas vezes as mãos e que não vão às aulas se estiverem doentes, para evitarmos que haja muitas pessoas a apanhar gripe neste Outono e neste Inverno.

Mas decidam o que decidirem gostava que se empenhassem. Que trabalhassem duramente. Eu sei que muitas vezes a televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar - que o vosso caminho para o sucesso passa pelo rap, pelo basquetebol ou por serem estrelas de reality shows -, mas a verdade é que isso é muito pouco provável. A verdade é que o sucesso é muito difícil. Não vão gostar de todas as disciplinas nem de todos os professores. Nem todos os trabalhos vão ser úteis para a vossa vida a curto prazo. E não vão forçosamente alcançar os vossos objectivos à primeira.

No entanto, isso pouco importa. Algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo são as que sofreram mais fracassos. O primeiro livro do Harry Potter, de J. K. Rowling, foi rejeitado duas vezes antes de ser publicado. Michael Jordan foi expulso da equipa de basquetebol do liceu, perdeu centenas de jogos e falhou milhares de lançamentos ao longo da sua carreira. No entanto, uma vez disse: "Falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E foi por isso que fui bem-sucedido."

Estas pessoas alcançaram os seus objectivos porque perceberam que não podemos deixar que os nossos fracassos nos definam - temos de permitir que eles nos ensinem as suas lições. Temos de deixar que nos mostrem o que devemos fazer de maneira diferente quando voltamos a tentar. Não é por nos metermos num sarilho que somos desordeiros. Isso só quer dizer que temos de fazer um esforço maior por nos comportarmos bem. Não é por termos uma má nota que somos estúpidos. Essa nota só quer dizer que temos de estudar mais.

Ninguém nasce bom em nada. Tornamo-nos bons graças ao nosso trabalho. Não entramos para a primeira equipa da universidade a primeira vez que praticamos um desporto. Não acertamos em todas as notas a primeira vez que cantamos uma canção. Temos de praticar. O mesmo acontece com o trabalho da escola. É possível que tenham de fazer um problema de Matemática várias vezes até acertarem, ou de ler muitas vezes um texto até o perceberem, ou de fazer um esquema várias vezes antes de poderem entregá-lo.

Não tenham medo de fazer perguntas. Não tenham medo de pedir ajuda quando precisarem. Eu todos os dias o faço. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Mostra que temos coragem de admitir que não sabemos e de aprender coisas novas. Procurem um adulto em quem confiem - um pai, um avô ou um professor ou treinador - e peçam-lhe que vos ajude.

E mesmo quando estiverem em dificuldades, mesmo quando se sentirem desencorajados e vos parecer que as outras pessoas vos abandonaram - nunca desistam de vocês mesmos. Quando desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir.

A história da América não é a história dos que desistiram quando as coisas se tornaram difíceis. É a das pessoas que continuaram, que insistiram, que se esforçaram mais, que amavam demasiado o seu país para não darem o seu melhor.

É a história dos estudantes que há 250 anos estavam onde vocês estão agora e fizeram uma revolução e fundaram este país. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 75 anos e ultrapassaram uma depressão e ganharam uma guerra mundial, lutaram pelos direitos civis e puseram um homem na Lua. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 20 anos e fundaram a Google, o Twitter e o Facebook e mudaram a maneira como comunicamos uns com os outros.

Por isso hoje quero perguntar-vos qual é o contributo que pretendem fazer. Quais são os problemas que tencionam resolver? Que descobertas pretendem fazer? Quando daqui a 20 ou a 50 ou a 100 anos um presidente vier aqui falar, que vai dizer que vocês fizeram pelo vosso país?

As vossas famílias, os vossos professores e eu estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que vocês têm a educação de que precisam para responder a estas perguntas. Estou a trabalhar duramente para equipar as vossas salas de aulas e pagar os vossos livros, o vosso equipamento e os computadores de que vocês precisam para estudar. E por isso espero que trabalhem a sério este ano, que se esforcem o mais possível em tudo o que fizerem. Espero grandes coisas de todos vocês. Não nos desapontem. Não desapontem as vossas famílias e o vosso país. Façam-nos sentir orgulho em vocês. Tenho a certeza que são capazes."

segunda-feira, 25 de maio de 2009

GRANDE LEITURA - SAGE 2009

Enviem-nos as vossas imagens para info@educacaoparatodos.org